homenagem
daniel bandeira
homenagem
daniel bandeira
Daniel Bandeira ocupa um lugar singular no cinema pernambucano e brasileiro, como um dos cineastas que capitanearam tanto uma pulsão criativa jovem e urgente, o desejo de fazer, quanto, em paralelo, um interesse profundo pelo cinema de gênero, pelo terror e por seus desdobramentos dramáticos.
Diretor, roteirista e montador, construiu sua obra em pinceladas espaçadas, mas sempre marcadas por personalidade: não se rendia a ser tópico ou meramente temático, preferindo enquadrar a complexidade de seus personagens de maneira ousada. Seja em curtas ou em longas, sua câmera nunca se contentou em apenas registrar. Ela cria atmosferas, desconfortos e símbolos capazes de dar corpo às tensões sociais e íntimas do Brasil contemporâneo.
No encerramento do Noturno, revisitamos três curtas que marcam sua trajetória: Contratempo (2004), Tchau e Benção (2009) e Sob a Pele (2011). Filmes que revelam um cineasta atento ao tempo, à delicadeza dos gestos e às sombras que atravessam corpos e espaços. Obras em que o cotidiano se abre a uma estranheza súbita, e a intimidade se torna metáfora de questões maiores.
10min, Brasil, 2004
Daniel Bandeira
Há dias em que o mundo funciona ao contrário do que você pensa.
10min, Brasil, 2009
Daniel Bandeira
Música tocando, coisas na caixa e ela a caminho. Tudo pronto para o fim.
18min, Brasil, 2013
Daniel Bandeira e Pedro Sotero
Homem e Mulher se reencontram depois de muito tempo. Mágoa e desejo não conseguem quebrar o silêncio. Mas tudo bem: quando as palavras não chegam, é o corpo quem fala.